Alberto e Acassia sempre batalharam muito para dar uma vida confortável aos seus dois filhos: Luiza e Maurício. Com o passar dos anos, construíram um grande patrimônio e inclusive uma empresa de médio porte.
O fato é que, num certo dia, ele já com 70 anos, conheceu em um restaurante a Martinha, jovem de 21 anos e garçonete. Então, mesmo vendo sua aliança, viu nele uma boa oportunidade para construir seus futuro.
Começou a paquerá-lo, sempre com olhares sensuais e todos os dias cobrindo de elogios. Alberto se tornou um cliente assíduo daquele restaurante. Às vezes, deixava até de ir à empresa; começou a ficar ausente na família e num determinado dia, disse a Acassia que queria o divórcio porque não a amava mais. Foi um choque para todos e inclusive para Luiza, que era muito apegada ao pai.
A partir de então, ele só vivia mais para agradar Martinha e decidiu casar com ela. A jovem nunca gostou dele, tinha vergonha de apresentá-lo às amigas, evitava se expor; mas gostava do luxo que tinha.
Certo dia, Alberto tem o diagnóstico de um tumor maligno e começa a investir muito no seu tratamento. Conversou com os filhos e foi uma grande abalo, porque, apesar de tudo, ainda amavam muito o seu pai.
Martinha começou a sair à noite sem ele e foi muito indiferente com sua doença… ele passou a ficar depressivo, a doença só se agravava e acabou não resistindo.
Agora, a jovem viúva quer a sua parte da herança, porque está certa de que vai se sair bem!
Mas, sabe o que ela não imagina?
Que quando ela se tornou esposa do Alberto, ele tinha 71 anos. Então, o regime de bens dele será de Separação Obrigatória de Bens. Eles não construíram nada durante o casamento e, ainda assim, ela precisaria comprovar a contribuição. Neste regime, como Alberto tinha filhos, ela não herda nada.
Ele não deixou nenhum testamento beneficiando. A única coisa que ela pode ter é o direito de morar na casa onde viveram, mas não tem propriedade nem pode alugar. Agora, Martinha chora arrependida…
Agora, me diz uma coisa: você conhece alguém que largou a família para viver um “casamento interesseiro” e depois ficar na pior?